Amanhã, 28 de abril, os trabalhadores e trabalhadoras em educação do setor privado vão parar suas atividades em diversas cidades de norte a sul do país e aderir à Greve Geral contra a Reforma Trabalhista, a Reforma da Previdência, a Lei da Terceirização e todos os ataques a direitos em curso no país.
As entidades da base da Contee, entre elas o Sinproeste, estão mobilizadas e colaborando com a organização da Greve Geral. Em Chapecó haverá concentração na Praça Coronel Bertaso às 9h. A mobilização seguirá até meio dia pelo centro da cidade, com diversas ações programadas durante a manhã.
A direção e funcionários do Sinproeste participarão das ações tanto em Chapecó como em Xanxerê, Concórdia e São Miguel do Oeste, representando os professores que não poderão participar da greve. O sindicato estará fechado na sexta-feira, dia 28.
Entenda o que se pretende com a reforma trabalhista
A reforma tem como espinha dorsal o Projeto de Lei 6787, que determina a prevalência do negociado sobre o legislado. Isso significa que patrões e empregados poderão assinar acordos coletivos que ignorem o que está escrito na Consolidação das Leis do Trabalho, a chamada CLT. Ou seja, se uma categoria não possui um sindicato forte e não se mobiliza no período de negociação do acordo coletivo, o resultado é que podem ser aprovadas medidas que desrespeitam o mínimo de direitos, que é o que a CLT garante hoje.
O projeto torna menos rígidos 13 pontos específicos dos contratos de trabalho. Entre eles, a divisão das férias em até três períodos, intervalo de trabalho com mínimo de 30 minutos, banco de horas; trabalho remoto, remuneração por produtividade e jornada de 220 horas mensais, o que pode levar o trabalhador a uma jornada de até 12 horas por dia.
Enquanto o governo chama isso de “modernização das leis trabalhistas”, movimentos populares, centrais sindicais e especialistas definem como um ataque aos direitos históricos conquistados pela classe trabalhadora. Eles apontam que as novas regras tendem a fragilizar ainda mais as relações de trabalho porque, como todos nós sabemos, o trabalhador é sempre o lado mais frágil dessas relações.
Reforma da previdência
Outra ameaça é a reforma da Previdência. A proposta, em fase mais avançada no Congresso Nacional, aumenta para 65 anos a idade mínima para aposentaria e estabelece contribuição por 49 anos para que o trabalhador tenha direito ao benefício integral.
RUMO À GREVE GERAL!
POR NENHUM DIREITO A MENOS!
Fonte: Sinproeste com Contee