Ocorreu hoje pela manhã (02) a terceira rodada de negociação entre os sindicatos dos trabalhadores e o sindicato patronal, em Florianópolis. O Sinepe voltou atrás na proposta apresentada na semana passada, quando havia aceitado pagar 100% do INPC em parcela única para o ensino básico e em duas vezes para o ensino superior. A proposta de hoje foi pagar em duas vezes para o ensino básico também.
As entidades sindicais ressaltam que não aceitam reposição salarial inferior ao INPC do período. A previsão é de que o INPC feche em 11%. No ensino básico todas as escolas reajustaram suas mensalidades entre 12% e 20%; no ensino superior os reajustes foram de 11% a 15%. “Ou seja, todas as instituições de ensino já reajustaram suas mensalidades prevendo uma inflação maior. O reajuste salarial deve ficar, no mínimo, na casa dos 11%”, disse o delegado regional de Chapecó, Sergio Scheffer.
“Não aceitamos parcelar o INPC em duas vezes, e nem aceitamos válvula de escape, proposta que o Sinepe apresentou na semana passada, dando a possibilidade de a universidade não reajustar os salários no valor da inflação caso apresente justificativa de dificuldade financeira”, frisou Sergio.
A próxima rodada de negociação será no dia 14 deste mês, às 14h30.
Pauta
O índice de reajuste proposto pelos sindicatos é a reposição integral no INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado entre 31 de março de 2015 a 29 de fevereiro de 2016. Além disso, os sindicatos reivindicam incremento de ganho real de 3% aos pisos do Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Técnicos.
Já para as Séries Iniciais e Fundamental I a reajuste solicitado é o equivalente ao piso nacional do magistério, que hoje é de R$ 2.175,00, ou seja, R$ 8,63 por hora aula. Isso representa um reajuste de 31% ao piso atual pago aos professores das redes particulares.
Fonte: Sinproeste