Na tarde desta terça-feira, 02/04, ocorreu a terceira rodada de negociação com o Sinepe (sindicato patronal), que se recusava a repor os salários do ensino superior. Nesta última negociação, o Sinproeste, junto aos demais sindicatos, conseguiu um avanço na negociação: a reposição do INPC de 3,86% para o ensino superior. E na educação básica, o INPC mais 0,5% de ganho real.
Além disso, o sindicato conseguiu a manutenção das cláusulas sociais existentes, garantindo, assim, a continuidade dos direitos adquiridos.
Contraproposta
Os sindicatos dos professores fizeram uma contraproposta para reajustar os salários de todos os professores em 5%, sem fazer distinção entre diferentes níveis da educação. “Sabemos que as universidades têm capacidade de pagar 5%. Os valores recebidos pelas instituições, a exemplo da Universidade Gratuita, nos mostram condições favoráveis”, destaca a presidente do Sinproeste, professora Juleide Almeida Corrêa.
Sobrecarga de trabalho
Também foi solicitado ao presidente do Sinepe para que olhe com atenção as questões referentes às turmas de EaD, hora atividade, tempo de correções de provas, alimentação de portal, entre outras cláusulas propostas.
“O professor da rede privada está com uma carga horária exaustiva e sem hora atividade para cumprir com tantas exigências feitas pelas instituições de ensino”, lembra Juleide. Porém, para o presidente do Sinepe, Marcelo Batista de Sousa, isso não é um problema.
“O presidente do Sinepe justifica que o professor não necessita de hora atividade. Ele diz que é porque é a única profissão que não paga hora relógio, pois a hora é de 50 minutos, e assim sobraria 10 minutos de hora atividade”, relata Juleide. “Ainda, nas palavras do presidente do Sinepe, o professor que não consegue dar conta do nível de exigência deve empreender em outra profissão”, conta indignada Juleide.
A próxima reunião de negociação está agendada para a próxima terça, dia 09/04 às 14h30.
Fonte: Sinproeste