Na reunião de negociação que ocorreu ontem (14) entre o Sinproeste, demais sindicatos de professores do estado e o Sinepe (sindicato patronal), foi conquistado 12% de aumento nos pisos salariais de todos os professores das redes particulares. Participaram do encontro a diretora e delegada regional de Xanxerê, Juleide Almeida Corrêa e o delegado regional de Chapecó, Sergio Scheffer.
Os sindicatos também conquistaram a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) integral a ser pago a partir do mês de março para o ensino básico. O índice fechou em 11,08%.
Ainda, os sindicatos solicitaram melhorias nos valores dos pisos salariais, que estão abaixo dos pisos pagos no setor público. Nas universidades o piso também é baixo, o que favorece a proliferação de universidade S.A., que não possuem compromisso nenhum com pesquisa, ensino e extensão, e acabam corroendo as universidades comunitárias.
A negociação está difícil em relação às universidades
A dificuldade está, ainda, na reposição da inflação para o ensino superior. Segundo Sergio, o sistema Acafe esteve representado na reunião. Duas universidades, Unisul e Univali, manifestam dificuldades para pagar a reposição de 100% do INPC em parcela única e propõem 50% em março e 50% em setembro. As outras universidades têm condições de repor a inflação na nossa data base (março).
Diante desse relato, os sindicatos propuseram que as instituições optem pelo seguinte: quem tem condições de pagar 100% do INPC em março, paga; ou, quem não consegue, paga 80% em março, 20% em setembro e acrescenta um reajuste de 3% em janeiro de 2017, como forma de recompor as perdas.
O presidente do Sinepe solicitou 30 minutos de intervalo para se reunir com seus pares e discutir a contraproposta dos sindicatos. No retorno, voltou com a mesma proposta de parcelar o INPC, sendo metade em março e outra metade em setembro. Nada mais.
Resistência
Os sindicatos não aceitam parcelar o INPC, pois isso representa perdas para os trabalhadores, que terão a reposição de apenas metade da inflação até setembro, ficando com os salários defados. Nesse ponto, a negociação está difícil e complicada, visto que o Sinepe não aceita nenhuma contraproposta dos sindicatos.
Nós sabemos que há universidades no Estado com excelentes perspectivas, como a Unochapecó e a Unoesc. São instituições que tem plena possibilidade de atender as solicitações dos sindicatos e repor 100% da inflação no mês de março. Até porque as duas únicas universidades do Estado que declaram dificuldades é a Unisul e Univali, o que quer dizer que todas as demais podem reajustar o salário dos professores – um direito de todo o trabalhador.
A próxima rodada de negociação ficou agenda para o dia 29 deste mês.
Fonte: Sinproeste