O Sesc apresentou uma contraposta diante da proposta de Acordo Coletivo de Trabalho entregue à entidade. A proposta não atende a pauta apontada pelos professores nas assembleias. Além disso, o Sesc retira direitos e não responde a uma série de itens da proposta.
Na proposta apresentada ao Sesc, os sindicatos solicitam 13,5% de reposição, mas o Sesc aceita repor apenas 3%. “A defasagem salarial dos professores é muito grande. Propomos um percentual ponderável para repor minimamente as perdas, e vamos continuar insistindo para manter nossa proposta”, expôs a presidente do Sinproeste, professora Juleide Almeida Corrêa.
Triênios e bolsas de estudo foram ignorados
O Sesc ignorou as cláusulas sobre o triênio, as bolsas de estudos, o plano de cargos e salários. Simplesmente excluiu da proposta de redação do Acordo Coletivo sem apresentar contraproposta. Além disso, excluiu do Acordo o adicional por trabalho em outros municípios; a taxa de elaboração, correção e aplicação de provas de segunda chamada; e o programa de incentivo à educação.
Também excluiu direitos já garantidos, como o parágrafo 4º, da cláusula 37, que dava o direito de acompanhar a esposa ou companheira grávida em exames. Alterou a cláusula do auxílio medicamentos, cujo limite era de 500 reais. Agora divide por horas, em valores que vão de 168 a 500 reais, conforme a quantidade de horas do professor.
Como se já não fosse o suficiente, o Sesc alterou a cláusula de compensação de horas. Compensava-se uma hora aula por uma hora e meia de aula, e agora querem que a compensação seja de uma hora aula por uma hora aula.
“O que o Sesc nos apresenta é inaceitável. Direitos já garantidos em Acordos anteriores foram simplesmente ignorados ou excluídos da nova redação! Seguiremos firmes na negociação buscando manter os direitos e a reposição salarial dos professores, como já fizemos em anos anteriores”, expressa Juleide.
Próxima negociação
A próxima reunião de negociação está marcada para o dia 21 de agosto, perto do fechamento da folha de pagamento. Trata-se de mais uma estratégia do Sesc para pressionar os sindicatos a aceitar esta proposta rebaixada, usando como argumento que os professores ficarão mais um mês sem receber a reposição salarial. Porém, a após a renovação do documento normativo, a reposição será retroativa à data base.