Oficina Sinproeste
SINPROESTE busca alternativas para trabalhar a saúde  coletiva na educação

 

Para poder tratar e auxiliar os professores de alguma forma, em relação a sua saúde, o SINPROESTE tem buscado algumas alternativas, projetado ideias e trabalhado possibilidades. Mas precisava amadurecer e ouvir algo mais direcionado a respeito da problemática que cresce cada vez mais no país, a saúde do professor.

 

Pensando em soluções para o problema, o Sindicato buscou um profissional renomado para apresentar algumas possibilidades no tratamento da saúde do professor dentro e fora de seu ambiente de trabalho. Com a temática “Estados da Saúde Mental e suas ralações com o trabalho em educação” o médico/professor doutor em saúde pública, Herval Pina Ribeiro, ministrou uma oficina para os dirigentes do Sinproestes, na terça feira, 20/11.

 

Com uma dinâmica um tanto diferente, o professor Ribeiro começou questionando os participantes sobre saúde. “Como anda a saúde do nosso trabalhador?”. Com a pergunta vem uma explicação. “Estamos doentes coletivamente, nossas doenças não são mais tão letais, mas afetam de forma degenerativa. A saúde, é bem estar, é quando seus órgãos não fazem barulho. Mas isso não está ocorrendo em alguns campos de trabalho, então precisamos repensar a saúde social”, explana o professor Herval Ribeiro, abrindo a oficina.

 

Para Ribeiro a saúde do ser humano está ligada a saúde social, a saúde do sistema. “ Um conceito novo hoje é o ´estado de saúde`, a saúde hoje não tem mais conceito médico e sim político e sociológico. Hoje discutimos como viver melhor, mas estamos vivendo freneticamente um sistema fechado e que afeta-nos de forma política, dentro de um sistema capitalista”, discorre.

Durante a oficina, várias temáticas foram lançadas para a discussão. Em cada momento o Sindicato enquanto órgão representante dos professores buscou qual seria o seu papel perante os seus associados e tentou criar caminhos e possibilidades para melhorar a vida do nosso profissional. “Precisamos repensar o conceito de saúde. Precisamos trabalhar o coletivo, atender todos os problemas que interferem na saúde do professor, tanto físico como psicológico. Ainda não sabemos direito qual a forma, se diminuir horas, se aumentar o  salário, se oferecer plano de saúde. Ainda há muitas dúvidas. Mas precisamos pensar algo que de retorno para que o professor não passe suas 24 horas em função de seu trabalho, desgastando sua saúde”, afirma o presidente do Sinproeste, professor Erivelton Konfidera.

 

Conforme o professor Herval Ribeiro, a oficina é uma didática para que o próprio participante se pergunte o que precisa ser feito para melhorar, e dessa forma dinâmica e discursiva se ache, ou se pense melhor em soluções viáveis. “Quando se pensa  na saúde coletiva, se pensa na melhoria de todo o sistema. No caso do professor, se sua saúde melhora , seu trabalho evolui e consequentemente a educação se desenvolve”,  enfatiza.

 

Para o Sinproeste este é um dos projetos para  melhorar a qualidade de vida do professor. Primeiro foi lançando, e ainda está sendo estudado, o plano de saúde e segundo, a oficina para esclarecermos melhor nossas possibilidades enquanto entidade que organiza e ampara uma categoria. “Tratar dos problemas de saúde que afetam aos professores é uma das metas desta direção do Sinproeste assumida com a categoria nas últimas eleições. A presença do prof. Herval em Chapecó, renomado pesquisador e escritor, é apenas o início de um trabalho de longo prazo que desenvolveremos.”, acrescenta Konfidera