Na próxima terça-feira, coordenados por oito centrais sindicais, trabalhadores se unem por direitos ameaçados.
Organizando os atos pelo Brasil estão as centrais Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Intersindical e Conlutas.
Dia 16 será o Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos. A unificação das centrais em torno dessas bandeiras foi formalizada no dia 26 de julho.
O consenso entre os trabalhadores vem se fortalecendo desde que os anúncios do governo interino de Michel Temer passaram a atender explicitamente a agenda de retirada de direitos de parte do empresariado.
Entre os temas está a prevalência do negociado sobre o legislado. Neste terreno, a posição do governo, que anunciou uma reforma trabalhista para ser apresentada até o final do ano, é de que as negociações trabalhistas sejam priorizadas em detrimento da CLT.
Para os sindicalistas, uma reforma dessa natureza coloca na mesa de negociação direitos assegurados na legislação como salário, 13º e jornada de trabalho, por exemplo.
Carmem Foro, vice-presidenta da CUT, afirmou ao Portal Vermelho que a gravidade da conjuntura torna o dia 16 de agosto fundamental. “É um dia importante para que a gente vá somando e acumulando forças para os próximos desafios. É preciso ter resistência frente ao atual momento e às ameaças sinalizadas cotidianamente de quem acha que devemos voltar ao século passado”, ressaltou a dirigente.
Para o vice-presidente da CTB, Nivaldo Santana, cada central escolheu a própria dinâmica para construir as manifestações do dia 16. “O objetivo é dar visibilidade à luta dos trabalhadores e aos motivos que estão nos levando às ruas”, completou.
A CGTB confirmou que os sindicatos filiados vão jogar peso nos atos do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e em São Paulo. “Vamos mostrar nossa indignação diante das tentativas de acabar com nossos direitos”, enfatizou o presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira, o Bira.
De acordo com ele, “o sucesso do dia 16 deve indicar se é viável caminhar para a greve geral”.
Fonte: Portal Vermelho