Várias manifestações de estudantes estão ocorrendo na Unochapecó devido as últimas demissões de professores ocorridas na instituição. O Sinproeste tem apoiado as manifestação, com participação dos diretores nos atos. Segundo o delegado regional do sindicato em Chapecó, Sergio Roberto Scheffer, o sindicato se preocupa com as demissões, assim como com a situação financeira da universidade.
“É com muita dor que vemos o que está acontecendo na universidade, uma universidade comunitária, construída por muitas mãos, e onde tem acontecido demissões sem critérios. Professores muito capacitados têm pagado o preço pela má gestão”, declara Sergio.
Ele cita que, segundo dados do site da Fundeste, a universidade tem uma dívida de R$ 6,3 milhões, e cada mês a dívida se acumula em R$ 500 mil. O problema precisa ser resolvido, “mas será resolvido demitindo professores?”, questiona Sergio. Será que o melhor caminho é se desfazer do patrimônio humano da instituição?
Sergio também expôs que em 2018 foram demitidos 20 professores com contrato de tempo indeterminado. “Só com indenizações, a Unochapecó teve que desembolsar mais de R$ 700 mil, e nesse valor não está computado a multa de 40% do FGTS, que ultrapassa o valor das rescisões”, coloca.
O diretor lembra que, a partir de 2017, com a reforma trabalhista, as empresas não estão obrigadas a homologar as rescisões no sindicato. Portanto, o número de demitidos pode ser bem maior.
É com preocupação que a direção do Sinproeste vê essa situação e já emitiu uma nota de repúdio contra as demissões. Também foi solicitada uma reunião com a direção da Unochapecó para tratar sobre esse tema. O sindicato aguarda o retorno da instituição.
Fonte: Sinproeste
Foto de Pedro F. Alba Zardo