Hoje pela manhã trabalhadores, professores, estudantes, movimentos sociais e sindicatos participaram de um grande ato contra a Reforma da Previdência do presidente Michel Temer. Centenas de pessoas reuniram-se em frente à Havan e, após, em caminhada pela Avenida Getúlio Vargas, passaram pelos bancos Itaú, Santander, Banco do Brasil e Bradesco.
Essas empresas foram as escolhidas por serem sonegadores da previdência. A Havan deve R$ 168 milhões à Previdência Social – dinheiro recolhido na folha de pagamento dos funcionário e não repassados ao INSS. O dono da Havan já foi, inclusive, condenado por crime contra o sistema financeiro nacional e de lavagem de dinheiro. Veja mais aqui.
Os bancos também estão entre os devedores da previdência. O Bradesco, por exemplo, tem um débito de R$ 465 milhões, o Itaú, R$ 112 milhões e o Santander, R$ 218 milhões. Esse foi o motivo da manifestação ter acontecido em frente a essas empresas. A entrada e saída dos locais não foi afetada.
Os trabalhadores que estavam lutando pela manutenção das nossas aposentadorias foram à rua e permaneceram no ato mesmo com a chuva, que permaneceu durante quase toda a manhã. Policiais que faziam a segurança do local tentaram impedir que a manifestação tomasse a avenida em frente à Havan, mas não conseguiram impedir que as centenas de participantes levassem o ato para a rua e seguissem em caminhada para a frente dos bancos.
CPI da Previdência
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência apresentou, no dia 24 de outubro de 2017, no Senado, o relatório das investigações feitas pelos senadores com instituições diversas ao longo de seis meses. De acordo com o relatório, bastaria o governo executar os grandes devedores da União por sonegação previdenciária para arrecadar perto de R$ 1 trilhão. Leia mais aqui.
A CPI também relatou que a Previdência não possui déficit. Pelo contrário, é superavitária. O problema é que o governo usa os recursos da previdência para outros setores, por meio da desvinculação de recursos.
Fonte: Sinproeste