Ontem, dia 20 de março, ocorreu a quarta rodada de negociação com o Sinepe (sindicato patronal). Todos os sindicatos dos professores das redes particulares reuniram-se com os representantes da entidade patronal para discutir o reajuste salarial e os avanços em nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
O Sinepe, entretanto, mostra-se sem vontade nenhuma de discutir avanços nos direitos. A proposta dos donos das escolas e universidades é repor apenas a inflação, que fechou em 4,69%, mesmo tendo reajustado as mensalidades entre 8% e 12%. O que foi levantado na pauta de reivindicações é a reposição a inflação e mais 3% de ganho real – o que daria um reajuste de 7,69%.
Além da questão do reajuste, o Sinepe quer mexer em quatro pontos da CCT para diminuir os direitos já conquistados: discutir um limite para as bolsas de estudos nos cursos de medicina; congelar os triênios; não assinar a CCT com validade para dois anos (pois estão aguardando a reforma trabalhista e sua consequente possibilidade de retirada de direitos); e retirar a cláusula que trata da proibição de contratar professores via cooperativas de trabalho (que assegura que os estabelecimentos de ensino não contratem professores pagando salários abaixo do piso estabelecido na CCT).
Os diretores do Sinproeste, junto aos demais sindicatos, continuarão as negociações para impedir a retirada de direitos dos professores.
Fonte: Sinproeste