Com o tema “Educadoras em Defesa da Democracia Nenhum Passo Atrás”, ocorreu na semana passada (05 e 06), em São Paulo, o 2º Encontro Mulheres Educadoras, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Entre os principais temas debatidos estiveram a defesa da democracia e a participação feminina na política. O evento também discutiu os desafios das entidades sindicais na luta pelos direitos das mulheres.
A secretária de formação da CTB, Celina Arêas, abriu o evento destacando a gravidade da conjuntura política nacional e a importância deste debate em um momento em que as garantias democráticas estão ameaçadas e que é fundamental estar mobilizado e bem informado para impedir qualquer passo atrás nos direitos.
Lúcia Rincon, coordenadora-geral da União Brasileira de Mulheres (UBM), disse que o encontro fornece mais subsídios para uma análise da realidade das mulheres hoje. “Muito importante esse encontro com profissionais da educação pública e privada, num debate riquíssimo para traçarmos metas e caminhos, formatando lutas e conteúdos para que consigamos discutir a situação das mulheres em nossa sociedade”.
Ataque aos direitos
Já Isis Tavares, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Amazonas (CTB-AM) e secretária de Relações de Gênero da CNTE, acredita que “um conjunto de projetos que representam retrocessos nos direitos das pessoas em curso no Congresso Nacional devem ser amplamente debatidos”. Por isso, reforça ela, “pensamos este encontro com mulheres educadoras”.
Lúcia acredita que as pessoas estão muito atuantes “interagindo, muito interessadas em conhecer e se apropriar de elementos que nos ajudem a aumentar unidade das forças progressistas para travar o enfrentamento às leis que apontam para o passado, com forte opressão às mulheres”.
“Os ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, aos direitos humanos e aos avanços nas políticas públicas para as mulheres, poderão anular conquistas e avanços para a construção de uma sociedade mais democrática”, afirma Isis.
De acordo com ela, o encontro pretendeu evidenciar e refletir juntamente com todas as presentes o que está realmente em jogo no país, “a partir da perspectiva da luta das mulheres por uma sociedade mais justa e feliz”.
“Um jogo sujo”, define Isis, “para atacar a primeira mulher a ocupar a Presidência da República e, com isso, atacar todas as mulheres que são belas, mas trabalham e lutam por uma vida plena de direitos”.
Segundo Lúcia, as participantes do encontro mostraram que as mulheres estão “muito estimuladas a travar a boa batalha nas ruas, nas escolas, levando o necessário debate sobre a construção de relações de gênero num novo patamar, respeitoso, onde homens e mulheres estejam unidos e unidas para construirmos a sociedade solidária”.
Fonte: Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy com informações da Contee e CNTE