Representantes de centrais sindicais, movimentos sociais e de sindicatos de Chapecó e região se reuniram nesta terça-feira (11) para definir ações da grande greve geral, prevista para 28 de abril.
Além de Chapecó, trabalhadores de várias cidades do Oeste se programam para parar no dia da mobilização nacional contra a retirada de direitos. As principais pautas são a luta contra a reforma trabalhista e a reforma da Previdência.
Reformas
A reforma trabalhista reduz a proteção ao trabalhador. Entre outros pontos, possibilita que nas negociações entre patrão e empregado os acordos coletivos tenham mais valor do que a legislação, permitindo parcelamento de férias, mudanças na jornada de trabalho e redução dos intervalos de descanso.
Outra ameaça é a reforma da Previdência. A proposta, em fase mais avançada no Congresso Nacional, aumenta para 65 anos a idade mínima para aposentaria e estabelece contribuição por 49 anos para que o trabalhador tenha direito ao benefício integral.
Mobilização
Para o diretor do Sindicato dos Bancários, Alzumir Rossari, o país passa por um momento muito difícil. “Nunca antes na história do Brasil um governo teve uma agenda tão negativa para os trabalhadores, nem durante o regime militar. A mobilização e luta pela manutenção dos direitos trabalhistas e previdenciários são primordiais nesse momento”, reforça.
O diretor do Sindicato dos Professores do Oeste de Santa Catarina (Sinproeste), Sérgio Scheffer, lembra que as reformas propostas pelo governo retiram direitos conquistados durante anos pelos trabalhadores e previstos na CLT, que corre o risco de acabar. Na questão da Previdência, por exemplo, retira as aposentadorias especiais, como a dos professores e alguns setores que possuem trabalhos insalubres e, por isso, podem se aposentar antes.
28 de abril
Os atos e paralisações vão acontecer em toda a região. Em Chapecó, a concentração será na praça Coronel Bertaso, a partir das 9h. O coletivo sindical e popular convida toda a comunidade da região para participar da mobilização contra a retirada de direitos.
Fonte: Sinproeste com Coletivo Sindical