Na última sexta-feira, 16, ocorreu reunião entre os sindicatos de professores e a federação para discutir se a contraproposta rebaixada enviada pelo sindicato patronal seria aceita ou não. Havia um certo consenso em aceitar, diante do cenário pandêmico. Entretanto, por um posicionamento firme do Sinproeste, a assembleia entre os sindicatos votou em sua maioria por não aceitar a contraproposta e continuar negociando.
A contraproposta do sindicato patronal é a seguinte:
- 10,47% de reposição salarial para ensino fundamental 1, 2, ensino médio, cursos técnicos, profissionalizantes e livres.
- 4% de reposição salarial para escolas exclusivas de educação infantil e educação superior, sem retroativo. Os 6,22% desse ano serão negociados em fevereiro de 2022.
- As escolas de ensino fundamental 1, 2, ensino médio, cursos técnicos, profissionalizantes e livres que não conseguirem pagar os 10,47% podem fazer um requerimento e justificar que não têm condições de pagar, até 60 dias após o registro da CCT.
- O piso também seria corrigido com 10,47%, exceto para educação infantil, que seria de 4%.
Os reajustes propostos seriam aplicados pelas instituições que ainda não fizeram o pagamento aos professores. Se já aplicou o percentual, fica desobrigada a aplicar novamente, ou se pagou uma parte, deverá repor apenas o percentual que ficou pendente.
O que entendem os sindicatos
Os 4% de reposição salarial do ano passado referem-se à inflação de 2019 a 2020, período em que não havia pandemia e que as instituições estavam programas para repassar. Como iniciou a pandemia, os sindicatos dos professores se solidarizaram com as instituições para que o pagamento ocorre esse ano, o que não está acontecendo em todas as instituições ou níveis de ensino.
A direção do Sinproeste ressalta que não se trata de ganhos salariais, mas sim de reposição de perdas e não se pode abrir mão disso! “Os professores trabalharam muito mais durante a pandemia, estão até hoje trabalhando mais. Ao longo dos anos, perdemos alguns direitos, alguns benefícios. Não podemos aceitar também as perdas salariais. A proposta do sindicato patronal beneficia alguns e tira de outros e isso não é justo. Somos todos professores e todos merecemos ter a reposição salarial”, avalia a presidente do sindicato, Juleide Almeida Corrêa.
Fonte: Sinproeste