Na quarta rodada de negociação da campanha salarial não houve avanços em relação à reposição salarial dos professores do ensino privado. A reunião ocorreu ontem (15/03) pela manhã, em Florianópolis, na sede do sindicato patronal (Sinepe).
A presidente do Sinproeste, professora Juleide Almeida Corrêa, relata que o sindicato patronal propõe repassar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação, porém, com a renovação do Anexo 3 – atestado de pobreza – da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em vigor atualmente. Foi esse anexo que permitiu que as instituições não pagassem o percentual integral da inflação no ano passado.
Outra proposta é retirar o Anexo 3 da CCT, e discutir um percentual mínimo, com base na inflação, para ser repassado aos professores, ou seja, somente uma parte do percentual.
“A inflação fechou em 10,79%, e o sindicato patronal nos propõe pagar a integralidade da inflação, mas com o Anexo 3, que permite não pagar a integralidade; ou então pagar apenas uma parte do inflação. Como vamos aceitar essa proposta que desvaloriza os professores, que já estão com os salários defasados há dois anos?”, questiona Juleide.
Perdas salariais
Os representantes das instituições nem sequer falam nas perdas salariais dos professores. Não cogitam repor o que não foi pago no ano passado. Além disso, o Sinepe se recusa a assinar a CCT enquanto o Sinproeste manter as ações judiciais solicitando explicações sobre a incapacidade financeira das instituições que não pagaram a integralidade no ano passado.
“Nós sabemos que as instituições podiam e podem pagar a integralidade do INPC aos professores”, finaliza Juleide.
Fonte: Sinproeste