Este 15 de maio está sendo marcado pela greve nacional da educação. Os sindicatos de trabalhadores da educação pública e privada, além de inúmeras entidades, movimentos e lideranças acadêmicas e políticas reforçaram um sentimento de unidade em defesa da educação e do Brasil.
Em Chapecó, a direção do Sinproeste está acompanhando a programação, que iniciou pela manhã com aula pública na Praça Coronel Ernesto Bertaso. Às 14h30 haverá mateada e às 16h acontecerá mais uma aula pública, seguida da entrega de pautas na Gered (Gerência de Educação do Estado de Santa Catarina) de Chapecó. E para encerrar, às 18h acontecerá grande ato unificado, também na praça central.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Manoel Gomes de Araújo Filho, a greve tem como bandeira principal o repúdio ao recente corte orçamentário de 30% nas universidades. De acordo com ele, os cortes na educação pública – cortes de investimento nas universidades públicas, nos institutos federais, nas escolas de educação básica que são ligadas à União – têm também repercussão na educação básica como um todo. “Ataca os municípios, ataca os estados, ao atingir a questão da merenda escolar e o transporte escolar dos nossos estudantes. Então, é uma medida que agravou o cenário educacional”, analisa.
Para o diretor do Sinproeste e delegado regional de Chapecó, Sergio Scheffer, a gente vive um momento extremamente grave. “O projeto que está aí é uma tentativa de recolonização do nosso país. É um projeto que abandona a ideia de autonomia, do Estado soberano, de um país independente. Ele não quer a independência. Eles querem entregar as nossas riquezas e patrimônio ao capital internacional”, expõe Sergio.
Conforme Sergio, a prova disso é o que está sendo proposto pelo governo. “Foi o que fizeram com o programa Mais Médicos, é agora o desmonte das universidades, é o desmonte da educação pública, deixando aberto para que o capital internacional chegue aqui e “nos salve”. Isso é uma mentira! É um projeto entreguista e não podemos aceitar isso. Se quisermos ter soberania e ter capacidade de implementar um projeto nacional com as nossas pernas precisamos de pesquisa, de ciência, de tecnologia, precisa de instituto federal, de universidade, de pessoas capacitadas”, afirma o diretor.
Fonte: Sinproeste com CNTE