A última rodada de negociação para o reajuste salarial ocorreu na sexta (23), entre representantes dos sindicatos de professores de todo o Estado, representantes das instituições, a federação dos professores e o Sinepe, que é o sindicato patronal. A direção do Sinproeste apresentou uma contraproposta para garantir ao menos a reposição das perdas salarias nos últimos dois anos, sendo apoiado pela maioria dos sindicatos presentes.
Os sindicatos buscam a garantia do percentual de 4% do ano passado e de 6,22% desse ano para quem não pagou, totalizando 10,47% de reposição salarial. Caso a instituição não possa repassar poderá requerer a revisão do percentual. Abre-se duas exceções: uma para as instituições exclusivamente de ensino infantil, que repassarão o percentual de 4% caso não tenha pago no ano passado. E outra para o ensino superior, que também deve repassar 4% caso não tenha feito em 2020.
É justamente no ensino superior que está o grande impasse, pois o Sinproeste entende que, como diversas universidades fizeram o reajuste de 4% no ano passado e já fizeram o reajuste de 6,22% desse ano, todas que não pagaram deveriam repassar o acumulado de 10,47%. “Entendemos a situação de crise diante da pandemia, mas ao mesmo tempo em algumas universidades se recusam a repor as perdas salariais dos professores, fazem reformas e ampliações em sua estrutura física. Então fica uma dúvida sobre a real incapacidade financeira dessas instituições em repor o salário dos profissionais da educação”, reflete a presidente do Sindicato, Juleide Almeida Corrêa.
Fonte: Sinproeste