Às vezes parece até repetitivo, mas a luta das mulheres continua, por liberdade, igualdade de direitos e respeito, motivo que levou às mulheres de todo o mundo às ruas em uma única voz. Em Chapecó, a manifestação iniciou na Praça Coronel Bertaso, depois houve caminhada pela Avenida Getúlio Vargas e retorno ao ponto inicial. Em nosso país, as mulheres também levantaram a bandeira contra a reforma da previdência.
Hoje, as mulheres enfrentam mais um desafio, pois a violência contra a mulher migrou também para o ambiente online. Uma pesquisa do Fórum Brasileiro de Segurança Pública com o Datafolha apontou que os casos de violência contra a mulher praticados via internet aumentaram de 1,2% para 8,2%.
Para o levantamento, as mulheres foram questionadas sobre o tipo de local onde sofreram a violência mais grave nos últimos 12 meses. Em primeiro lugar, aparece a casa (42%); depois, a rua (29,1%); em seguida, lugar indefinido (9%); e a internet (8,2%).
Os números nos mostram porque todo 08 de março, e porque todos os dias é necessário discutir a situação das mulheres. No Brasil, uma mulher é estuprada a cada dez minutos. Somos o quinto país do mundo que mais mata mulheres, segundo a ONU. Além da violência, levantamento do IBGE mostra que o salário médio pago às mulheres ainda representa 77,5% do rendimento recebido pelos homens. E o caminho das mulheres negras é mais árduo. O analfabetismo entre as negras é o dobro da taxa das brancas. Em 2015 (último dado disponível), 17,4% das negras com ensino médio estavam sem emprego, contra 11,6% das média feminina.
Fonte: Sinproeste, com informações de O Globo