As palavras de ordem desta quarta-feira (16) foram “Não vai ter golpe!” e “Fora Cunha!”. De uma forma íntima e descontraída, os movimentos sociais mais uma vez estavam nas ruas. Ruas que sempre foram palco de grandes manifestações por mais direitos e melhores condições de vida. Honrando o verde amarelo de quem luta por um Brasil desenvolvido e soberano, e vestindo o vermelho da luta, do sangue dos trabalhadores e trabalhadoras, as manifestações ocuparam quase a totalidade nos estados e no Distrito Federal.
As centenas de milhares de pessoas que tomaram as ruas em todo o país defendiam a democracia, manifestavam contra o impeachment, pela saída de Eduardo Cunha da Câmara dos Deputados e contra o ajuste fiscal.
Estavam nas ruas, unidos à Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo, entidades dos movimentos sociais, dentre elas a Contee e entidades filiadas, entoando em alto e bom tom: “NÃO VAI TER GOLPE!”.
A crise política que afeta o Brasil tem como principal fato a não aceitação do resultado da eleição presidencial de 2014, o que fez com que os derrotados implementassem uma agenda retrógrada e embasada numa aposta absurda e inconsequente: quanto pior, melhor. Essa política implementada pela direita, e capitaneada pelo presidente da Câmara – que é investigado por diversos desvios e sonegações –, criou sérios entraves para o país, trazendo imensos prejuízos ao povo brasileiro.
A mídia, por sua vez aliada à classe dominante – e como já denunciado sonegadora de impostos –, criou o ambiente em que a crise parece ser exclusividade do Brasil e cuja responsabilidade é exclusiva da Presidenta Dilma.
As ruas demonstraram que a população não concorda com o golpe e que a luta pela democracia unifica diversos setores, mesmo os que discordam de várias posições do governo.
Continuar na luta é a tarefa dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, que precisam continuar a aula de democracia nas ruas, contra o golpe e pelo retorno do crescimento.
As ruas são nossas, porque delas nunca saímos.
Fonte: Contee