Uma negociação eficaz é fundamentada no respeito mútuo e na disposição das partes em ouvir e considerar os argumentos uns dos outros. Esse processo de diálogo é essencial para que possamos avançar em questões importantes ou, pelo menos, entender os pontos de divergência. No entanto, a última negociação com o Sesc e Senac foi marcada por desafios significativos nesse aspecto.
A negociação ocorreu nesta segunda-feira (12/08), em Florianópolis. A presidente do Sinproeste, professora Juleide Almeida Corrêa, conta que foi um a reunião extremamente difícil. “Encerramos a negociação com muita dificulade. O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac, Hélio Dagnoni, monopolizou as falas, interrompendo os sindicalistas. Eu mesma tive dificuldade de apresentar as pautas da base do Sinproeste pelas inúmeras vezes que fui interrompida ao usar a palavra”, diz Juleide.
Proposta aprovada para o Sesc
– Reajuste 4% retroativo a maio;
– Inclusão da cláusula de ticket alimentação de R$ 300,00 – nos termos do Programa da Alimentação do Trabalhador (PAT);
– Seguro de vida para todos os funcionários;
– Exclusão das cláusulas do Auxílio Funeral; Auxílio Farmácia; Assiduidade – parcial;
– Manutenção das demais cláusulas.
Proposta aprovada para o Senac
– Reajuste 4% retroativo a maio;
– Inclusão da cláusula de ticket alimentação de R$ 300,00 – nos termos do PAT;
– Exclusão das cláusulas do Auxílio Funeral; Auxílio Farmácia; Assiduidade;
– Alteração da cláusula da jornada de 42h30 para 44h semanais;
– Manutenção das demais cláusulas.
Retirada de cláusulas
Infelizmente, a inclusão do ticket alimentação ficou vinculada a retirada de três cláusulas: auxílio funeral, auxílio farmácia e assiduidade. Para o sindicato, retirar cláusulas já adquiridas representa uma perda. Entretanto, o presidente da Fecomércio expôs que em pesquisa realizada junto aos professores houve 80% de aprovação.
“Foi realmente uma negociação muito difícil e tensa. Infelizmente não foi possível, mais uma vez, discutir, quem dirá aprovar, outras questões de suma importância apresentadas pelos professores nas assembleias”, relata Juleide. Ela finaliza dizendo que ficou a promessa de rever as cláusulas retiradas no próximo ano.
Fonte: Sinproeste