Seminário Nacional de Educação Básica da Contee, ocorrido no final de semana, foram apresentadas informações coletadas nos levantamentos feitos regionalmente pelos sindicatos e federações acerca da entrada dos grandes grupos econômicos na educação básica nos estados e municípios.
Entre os problemas levantados em todas as regiões estão:
- Desregulação das relações de trabalho;
- Desrespeito às normas coletivas e à legislação trabalhista;
- Enfraquecimento do poder de atuação dos sindicatos;
- Cerceamento da liberdade docente;
- Massificação do ensino;
- Sobretrabalho imposto pelo uso de tecnologias;
- Apagamento da educação como instrumento de construção de cidadania.
Os levantamentos pautaram-se em 7 questões:
- Quais os grupos que atuam na educação básica em cada região;
- Que mudanças ocorreram no tipo de contratação e nas relações de trabalho;
- Que transformações se operaram nos projetos pedagógicos;
- Quais os impactos do uso das novas tecnologias nas relações de trabalho e no tipo de contratação;
- Quais as principais preocupações dos sindicatos e federações com essa nova realidade;
- Qual a influência desses grupos na composição e decisões dos sindicatos patronais;
- E se os acordos e/ou convenções coletivas de trabalho têm contemplado cláusulas sobre trabalho tecnológico.
“Os dados verificados dialogam com a exposição do Allan Kenji Seki”, observou a coordenadora da Secretaria-Geral da Contee, Madalena Guasco Peixoto. Ela ressaltou que as referências feitas são, sobretudo, às “marcas”, aos nomes fantasia de cada instituição. “Precisamos fazer a conexão para descobrir quais os grupos que estão atuando de fato, por trás das marcas, na educação básica. De todo modo, já temos um mapeamento importante.”
Fonte: Táscia Souza – Contee, com edição de Sinproeste