Hoje pela manhã, 20 de novembro, o Sinproeste participou de ato dos estudantes do colégio Marechal Borbann, em Chapecó, em apoio aos estudantes de São Paulo, que ocupam suas escolas contra o fechamento anunciado pelo Governo do Estado. O Sinproeste foi representado pelo professor Herman Silvani e por Cauê Deffaveri.
O ato ocorreu durante a semana em vários estados brasileiros, sendo um encaminhamento dado no Congresso Nacional dos Estudantes, realizado de 12 a 15 deste mês, em Brasília.
Desde que o governo paulista anunciou o fechamento de 94 escolas da rede pública, em setembro, num processo forçado de “reformulação” do ensino, os estudantes se mobilizam contra a medida ocupando os colégios em forma protesto.
Os estudantes dizem que não vão deixar as ocupações enquanto o governo Alckmin não recuar da proposta.
Proposta é uma farsa
Ontem, 19, o governo do Estado de São Paulo realizou uma proposta durante audiência no tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. A presidenta da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Angela Meyer, que participou da audiência, declarou que o governo do estado quer desarticular o movimento e convencer os estudantes a desocupar. “É uma farsa para esvaziar as escolas”, disse.
Angela lembrou que há um mês e meio as entidades estudantis propuseram ao secretário de Educação uma consulta à comunidade escolar sobre o projeto de reorganização que não foi aceita.
Para a diretora da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Francisca Seixas, o governo quer “mascarar de democrática” uma proposta que impõe um curto espaço de tempo para debater um projeto que vai reestruturar a educação no estado de São Paulo. A data limite para o governo seria até 4 de dezembro.
Relembre
No mês de setembro o governo paulista anunciou o fechamento de 94 escolas como parte do plano de reorganização escolar. Salas ociosas e melhor desempenho nos equipamentos com ciclo único foram os argumentos apresentados.
Em resposta, os estudantes paulistas iniciaram no mês de novembro ocupações nas escolas, começando pelo ABC paulista. Em menos de 20 dias as ocupações no interior e capital proliferaram e somam atualmente quase 90 escolas ocupadas, aproximando-se do total de escolas a serem fechadas. Nesse período, a Polícia Militar protagonizou cenas de violência e intimidação dos integrantes dos movimentos em diversos pontos do estado.
Fonte: Sinproeste com portal Vermelho