Sindicato mobiliza para melhorar condições de trabalho dos professores da rede particular de ensino
Durante o domingo, 20 de outubro, o Sinproeste juntou-se com sindicatos de todo o país para realizar o DOMINGO DE GREVE. O movimento reivindicou o direito ao descanso, maior renumeração e valorização dos professores deste setor. O ato ocorreu na Avenida Getúlio Vargas durante a tarde. Segundo o diretor sindical e delegado regional do Sinproeste Chapecó, Sérgio Scheffer, “o ato de GREVE faz parte de um conjunto de ações e mobilizações realizadas pelas entidades sindicais, com a intenção de alcançar uma antiga reivindicação dos professores do ensino privado, que é direito ao descanso e o direito a hora-atividade”.
Hoje, o profissional é remunerado por hora/aula e não recebe pelo trabalho que faz fora do horário de expediente. De acordo com Scheffer, “as escolas exigem que o professor, por exemplo, lance as notas de centenas de provas no site no fim de semana para que na segunda-feira os alunos já possam consultar sua média. Ou que corrija todos os trabalhos que deu durante a semana para devolvê-los aos alunos”. Elaboração e correção de provas e trabalhos são exemplos de atividades que o professor desenvolve em casa e não recebe por este trabalho.
O SINPROESTE está expondo e compartilhando com a sociedade a vergonha da “superexploração” de um trabalho que não é remunerado. Além dos desgastes emocionais, o estresse e a perda de convívio familiar prejudicam o profissional psicológica e fisicamente. O que pode ocasionar o comprometer a qualidade do seu trabalho.
Diferente do ensino público, o setor privado não possui regulamentação. Os professores não têm plano de carreira, piso e jornada de trabalho definidos. As condições da rede privada, em geral, são vistas pelas pessoas como melhores que na rede pública, mas é uma ilusão da sociedade brasileira.
Depois do DOMINGO DE GREVE, os diretores sindicais irão reunir-se nos dias 25,26 e 27 de outubro no Consind – Conselho Sindical para debater e reformular novas ações em prol dos professores do ensino privado. O mote deste ano será “Valorização profissional dos (as) trabalhadores (as) em educação: contra a terceirização nas escolas e pelo direito ao descanso”.