Diante do impasse na negociação salarial com o Sinepe, e visando garantir o mínimo de justiça na reposição salarial, o Sinproeste recorreu à mediação no Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT12), em Florianópolis. Em análise junto com os demais sindicatos o Sinproeste avalia que o melhor a fazer agora é encerrar a negociação e firmar a Convenção Coletiva de Trabalho, visando garantir os direitos nela previstos.
Reposição salarial
A proposta final apresentada pelo Sinepe no Tribunal foi a seguinte: 4,87% para o ensino superior e 5% para a educação básica e cursos livres, sendo pagos a partir de junho. Os meses de março, abril e maio serão pagos com um abono no percentual de 15% para a educação básica e cursos livres, e de 14,61% para a educação superior. O abono também deve ser pago na folha referente ao mês de junho.
Quem já pagou
Várias instituições já pagaram a inflação aos professores, e algumas reajustaram os salários em 6%, 7% e até 9%, especialmente na educação básica. Nesses casos, permanece o reajuste já concedido aos professores, sem necessidade de pagar o abono.
As instituições da educação básica que pagaram 4,87% deverão pagar a diferença de 0,13% para alcançar os 5%, assim como a diferença do abono de 15% para os meses de março, abril e maio.
Auxiliares de classe
O Sinepe manteve a proposta de reajustar o salário dos auxiliares de classe em 17,05%, conforme acordado nas primeiras rodadas de negociação. Esse percentual refere-se à equiparação ao Piso Regional de Santa Catarina. Com isso, os auxiliares de classe passarão a receber R$ 7,14 pela hora/aula.
Avaliação
A presidente do Sinproeste, professora Juleide Almeida Corrêa, avalia que diante das dificuldades em avançar na negociação o conjunto dos sindicatos avaliou que o melhor no momento é garantir a Convenção Coletiva de Trabalho. “A negociação foi desgastante, difícil, truncada, o patronal demostrou intransigência e desconsiderou todos os números apresentados, que são todos favoráveis”, expressa Juleide.
“Sabemos que não é o ideal, não é o que buscávamos, mas não podemos ficar sem a Convenção Coletiva”, acrescenta Juleide. Ela também reconhece as instituições que não esperaram encerrar a negociação para reajustar os salários, especialmente as que pagaram acima da inflação. “Isso nos mostra que há instituições preocupadas em valorizar os professores”, comenta.
“E agora seguiremos nosso trabalho sindical para representar, defender e ampliar os direitos dos professores da educação privada. É na luta coletiva que vamos, pouco a pouco, conquistando melhorias para todos”, conclui Juleide.
Fonte: Sinproeste








