Hoje, 25 de novembro, é o Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres. O relatório Feminicídios em 2023: Estimativas Globais de Feminicídios por Parceiro Íntimo ou Membro da Família, da ONU Mulheres e do UNODC, revela que o feminicídio —forma mais extrema de violência contra mulheres e meninas — continua sendo um problema generalizado em todo o mundo.
Globalmente, 85.000 mulheres e meninas foram mortas intencionalmente em 2023. Desses homicídios, 60% — 51.000 — foram cometidos por um parceiro íntimo ou outro membro da família. Isso equivale a 140 mulheres e meninas mortas todos os dias por seus parceiros ou parentes próximos, ou seja, uma mulher ou menina assassinada a cada 10 minutos.
“A violência contra mulheres e meninas não é inevitável — é prevenível. Precisamos de legislação robusta, coleta de dados aprimorada, maior responsabilidade governamental, uma cultura de tolerância zero e mais financiamento para organizações de direitos das mulheres e órgãos institucionais. À medida que nos aproximamos do 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim em 2025, é hora de líderes mundiais se UNIR e agir com urgência, renovar compromissos e direcionar os recursos necessários para acabar com essa crise de uma vez por todas“, destacou Sima Bahous, Diretora Executiva da ONU Mulheres.
Chapecó
Neste ano (até sexta-feira, 22) a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Chapecó, havia efetuado 3.620 registros de violências contra mulheres. As ocorrências envolvem também crianças, adolescentes e idosos. Deve-se considerar que estes são números oficiais. As estatísticas seriam maiores se acrescentados os muitos casos que não são denunciados por medo e ameaças dos autores.
Ainda, foram consumados três feminicídios e comunicadas seis tentativas de assassinato de mulheres. No período, a DPCAMI emitiu 861 medidas protetivas.
Fonte: Sinproeste, com informações da ONU Mulhres